domingo, 10 de novembro de 2013

MAKTUB!!

E o que há muito não sentia, e tomava meu corpo o vem fazendo outra vez, de forma muito sorrateira, os velhos sentimentos estão voltando, as sensações chegando, e eu no meio de tudo sem saber o que fazer, mais uma vez.
Vejos fotos, imagens, recebos informações estão todos bem, mas eu não. Ainda estou aqui parada no tempo ou não, a vida seguiu; eu sei que seguiu, mas eu não, fiquei parada vendo tudo passar diante dos meus olhos e não podia fazer nada, não controlo o tempo, a vida. Meu livre arbítrio é limitado, restrito a poucos campos da minha história. 
A idéia de MAKTUB mais uma vez me vem a cabeça, e é sempre assim, como em muitos momentos não posso fazer muito, tinha de ser, o destino assim o fez, tracei os caminhos antes de tudo isso aqui e agora, não posso mudar muita coisa, não sei o que esperar diante de tudo o que há de vir pela frente, mas pelo que tenho visto as coisas podem ser boas, mas nao como eu gostaria que fossem, não são do modo que esperei que aconteceriam.
Sonhei tanto como sempre faço. Como disse Lenon "você pode me chamar de sonhadora" e sim eu sou e muito, mas meus sonhos são grandes e neles sempre prospero, quem sabe um dia não os realizo, mas por enquanto só tenho sonhado, desejado e nada tem acontecido talvez porque, escondo eles só pra mim, então fica difícil de chegar a ser verdade.
Não sei, a sensação que tenho é a mesma de uma frase de uma canção, que há muito escuto e muito chorei ao ouvir "meus sonhos estão cercados com arames farpados" fica dificil me aproximar deles, de fazê-los se tornarem real, quando estou chegando perto só me machuco cada vez mais tanto que, as feridas são grandes, sangrentas e quando se curam deixam marcas Assim vou me retraindo mais, criando mais defesas, mais barreiras, e ninguém mais chega perto de mim, pois vivo na defensiva com as armas em punho, com as barreiras postas e armadas.
Há muito criei barreiras, muros, eu diaria que até muralhas, tão grandes que eu mesma me perdi nelas, que perdi o controle quando as criava e agora queria que algumas delas caissem, mas não sei por onde posso fazer isso. Me perdi nessa fortaleza tão grande, cheia de caminhos e passagens que não sei onde fica o ponto fraco de tudo, o que deu o start para que tudo isso se fizesse. Bem, na verdade eu sei, mas tocar lá, chegar lá é tão complicado e doloroso que é melhor deixar assim. Uma hora acho um dos pontos fracos e derrubo uma parede e depois outra, até abrandar as defesas. Mas por hora fica assim. 
Eu continuarei sozinha, mesmo que no meio da multidão, sobrevivendo ao meu eterno maktub até que eu entenda onde isso vai me levar, até chegar ao ponto onde conquisto algo. Lugar onde quem sabe o drama termine e inicie a comédia, talvez a parte da alegria da comédia romântica. 
Por hora o filme é triste, acredito ter começado do meio para o fim, sabe o ponto quando o drama parece não ter solução, e do nada as respostas chegam e tudo termina bem, é exatamente ai onde estou no meio do drama sem solução, mas acredito ou quero acreditar que estou próxima de onde vem a solução. Essa parte eu espero ansiosa, aqui parada no tempo vendo tudo passar, sem poder fazer nada, vendo todos ao meu redor se moverem, conquistando seus objetivos, realizando seus sonhos, chegando onde eu queria chegar, sendo muitos o que eu queria ser, mas não consegui.

O meu devir há de vir, a minha mudança há de acontecer e eu ainda assim serei eu , um eu mais realizado, mais centrado, mais pertecente ao mundo, menos cheios de defesas, mais aberto, então o que escrevi será apenas uma parte do passado, onde não entendia o que estava acontecendo só ia junto com a maré, carregada pelas ondas em direção ao infinito do aceano.
E quando isso acontecer, entenderei que o agora não foi medonho e aceitarei o que escrevi antes de chegar aqui. Terei capacidade de entender que as linhas tortas que escrevi, levavam ao final do livro, ao final feliz, e só então darei rizadas de tudo isso e o que agora são lágrimas serão gargalhadas.
E enfim poderei dizer:
MAKTUB!





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