Há muito que estou para escrever esse texto, mas a falta de tempo não me permitia, assim que decidi dormir um pouco mesmo e escreve-lo, assim espero que quem o leia desfrute.

Por mais que isso me aconteça de forma muito rápida, durante alguns minutos, tenho passado ultimamente por alguns dias introspectivos, dias nos quais tenho estados ensimesmando-me.
Muitas vezes estou eu, parada com os olhos fixos, olhando em direção ao nada. Com olhos perdidos em meio a tudo que passa ao meu redor, olhos sem vida para aqueles que veem com certo temor a minha reação, como se estivesse vendo uma pessoa louca, que se desligou do mundo, e está vivendo um universo paralelo.
É exatamente isso, estou em um mundo paralelo, meu mundo de memórias, lembranças, de pensamentos puros, e impróprios, mas não me importo pois, é meu mundo onde nada é proibido, é um mundo inteligível, onde tudo é possível.
Isso é o que com frequência chamo de ensimesmar, perde-se em si mesmo, em ilusões, cores, explosões de sentimentos, e sensações. É o prazer momentâneo de estar consigo, de não ter mais ninguém que possa te importunar, que venha lhe dizer o que fazer ou não, se isto é possível ou não.
Ensimesmar-se é ouvir o nada, ouvir o som do vento, dos seus pensamentos, e ao mesmo tempo, ouvir musicas que só exitem em sua mente, a melodia das imagens que passam em seus olhos, de uma forma lenta, e agradável.

Ensimesmar-se é olhar em um espelho, o qual ninguém mais pode olhar, talvez seja o que alguns chamam de espelho da alma, é ver o reflexo de seu interior, um reflexo que só interessa a você, onde você vê uma imensidão de coisas, um vazio tão cheio de tudo, tão complexo, e ao mesmo tempo tão simples.

Nesse breve momento, que sempre ocorre quando estou na rua andando distraída, ou estou no meio de um livro, ou em casa sozinha, ou quando estou realizando uma atividade rotineira. Alguma coisa, uma imagem, uma palavra, uma ação, dispara esse mecanismo de reação onde por um breve momento meu inconsciente deixa escapar algo em direção ao eu consciente. Pronto já esta feito, lá se vão alguns minutos de minha vida alienados do mundo externo, mas que me fazem tão bem, que me relaxam, me aliviam o peso do mundo real, e que fazem passar por pessoa distraída.

Apesar de tudo isso continuo a ensimesmar-me, a me perder, a me alienar, pois esses são meus momentos de fuga, que me trazem a tona algumas coisas que verdadeiramente me fazem bem, que me fazem perceber que o mundo não é só essa casca que vemos por fora que exite um mundo grande e cheio de possibilidades dentro de mim. E garanto que existe um dentro de você, basta que você tire um momento para si, e se desligue de tudo ao seu redor, basta que você realize a ação de ensimesmar-se.
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